sexta-feira, 3 de agosto de 2012


AVC: segunda causa de morte no mundo.
Conhecido popularmente como derrame, o AVC (Acidente Vascular Cerebral), segundo pesquisas, é tido como a segunda maior causa de morte no mundo.
O AVC, segundo o dicionário médico, é definido como uma manifestação, muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial: espasmo, isquemia, hemorragia, trombose (Manuila, Lewalle e Nicoulin, 2003) que geralmente afeta a maioria idosa, porém, baseado em pesquisas, existe uma percentagem de 20% dos AVC’s que ocorrem em indivíduos abaixo dos 65 anos.

Independente da faixa etária das pessoas nas quais a doença se instala, apresentam como causas mais comum que originam o AVC, situações como os trombos e o embolismo (Enfartes cerbrais), hemorragia secundária ao aneurisma, anormalidades do desenvolvimento, hipertensão arterial, hemorragia cerebral, malformação dos vasos sanguíneos, tumores cerebrais, traumas e outras situações diversas.
É de suma importância ressaltar que a eficiência em prestar socorro à vítima de AVC é de grande importância, pois segundo estudiosos da área, a chegada ao médico até três horas após o início dos sintomas possibilita maior chance de cura, em especial nos casos de derrame isquêmico.
Por meio de medicamentos é possível dissolver o coágulo que obstruiu o vaso sangüíneo e permitir que o sangue volte a circular normalmente. Quando tardio o atendimento, a possibilidade de cura sem seqüelas vai depender da localização e do tamanho da área do cérebro que foi atingida.
Considerando o alto comprometimento das funções neuromuscular, motora, sensorial, perceptiva e cognitivo-comportamental, o fonoaudiólogo irá propiciar a reabilitação das funções comprometidas parcialmente ou totalmente, dependendo do grau de comprometimento da área afetada.
Quando a lesão é no Hemisfério Esquerdo (Hemiplegia Direita) ocorrem principalmente afasias, apraxias ideomotoras e ideacionais, alexia para números, descriminação direita/esquerda e lentidão em organização e desempenho.
Quando é no Hemisfério Direito (Hemiplegia Esquerda), ocorre alteração viso espacial, auto negligência unilateral esquerda, alteração da imagem corporal, apraxia de vestuário, apraxia de construção, ilusões de abreviamento de tempo e rápida organização, desempenho entre outros.
Vale ressaltar que o fonoaudiólogo na reabilitação de pacientes portadores de AVC atua de forma multidisciplinar, garantindo uma melhor qualidade de vida do paciente.
Profissionais como médicos neurologistas, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos atuam intensamente em parceria com fonoaudiólogo, com o objetivo de adequar o mais breve as funções alteradas.
Lembrando que cada paciente apresenta seu próprio limite de resposta ao tratamento, limite esse que deve ser respeitado pelo profissional em parceria com a família.


Por Elen Cristine C. Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A relação do fonoaudiólogo com a estética facial.

A fonoaudiologia trabalha com diversas áreas do corpo, sendo a estética facial uma prática inovadora baseada na motricidade oral, que é tida como uma das especialidades da área de fonoaudiologia.

A Fonoaudiologia Estética tem como objetivo trabalhar a musculatura facial através de relaxamentos musculares, exercícios específicos e orientações diárias para que o paciente tenha conhecimento de suas expressões e hábitos, de forma que proporcione condições para modificá-los e obter o que grande parte das pessoas busca: saúde e beleza.

Geralmente, o tratamento fonoaudiológico estético facial é indicado em casos específicos. Por exemplo:
• Procedimentos pré e pós-cirúrgicos, em especial as cirurgias de face;

• Mudança de hábitos e qualidade de vida, atenuando tensões musculares nas regiões facial e cervical, com reflexos diretos no relaxamento corporal;

• Tratamento de caráter preventivo e estético-funcional que dispensa procedimentos invasivos ou dolorosos, para homens e mulheres a partir de 30 anos que desejam retardar o aparecimento de sinais de envelhecimento, entre outras diversas necessidades e desejos.

 Considerando que o trabalho do fonoaudiólogo com a face tem como principal finalidade o fortalecimento e balanceamento dos músculos da mesma, permite a adequação da face propiciando o funcionamento correto que os músculos da face necessitam, propiciam benefícios como:

• Fortalecer e sustentar a face;

• Harmonizar o estético e o funcional;

• Aumentar a oxigenação e vascularização da pele;

• Minimizar ou eliminar as mímicas faciais exacerbadas ou inadequadas;

• Eliminar e/ou atenuar as rugas e marcas de expressão,

• Equilibrar as forças musculares da face e pescoço;

• Proporcionar a aquisição de hábitos saudáveis orofaciais e cervicais;

• Adequar à postura, a respiração, a mastigação, a deglutição e a fala.
Vale ressaltar que esse tipo de tratamento é contra-indicado em determinadas situações em que o paciente apresenta:

• Excesso de acnes na pele;

• Realiza ou já realizou tratamento à base de isotretinoína via oral;

• Caso de cirurgia facial recomenda-se 6 meses de repouso e autorização médica;

• Pacientes que fizeram bioplastia;

• Pacientes sob efeito da toxina botulínica, conhecida como (botóx).  

Esse tipo de tratamento aplicado pelos fonoaudiólogos apesar de ser uma área de atuação atualmente limitada e pouco divulgada em razão de ser aplicada por outros profissionais, que já estão atuando há mais tempo, tem sido bastante procurada por pessoas que buscam tal serviço e que muitas vezes é desconhecida a real função e os benefícios que tem a oferecer.


FONTE:www.brasilescola.com.br

RESPIRAÇÃO ORAL E A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO E ORTODÔNTICO

A Fonoaudiologia tem como um de seus objetivos o restabelecimento das funções respiratórias, mastigatórias, atos de deglutição e fala, visando o equilíbrio miofuncional. O trabalho do fonoaudiólogo visa sobretudo prevenir, habilitar ou reabilitar estas funções. Entre as funções estomatognáticas, a respiração exerce função vital, além de propiciar o desenvolvimento e crescimento crânio-facial.
Ela deve ser nasal, mas nem sempre isso é possível devido a alguns impedimentos.
Dentre eles podemos citar:
hipertrofia de amígdalas e adenóides
rinite
bronquite
sinusite
Quando ocorre algum destes impedimentos, observa-se obstrução das vias aéreas superiores fazendo com que o indivíduo necessite respirar pela boca.
É importante interceptar a presença da respiração oral tão logo seja percebido o processo, encaminhando o paciente, sempre que possível, para o tratamento multidisciplinar.
Este tratamento compete ao alergista, otorrinolaringologista, dentista, ortodontista, fonoaudiólogo e fisioterapeuta.
Sendo assim, acredito ser muito importante estarmos atentos às características do respirador oral. São elas:
Apresenta face alongada, caracterizada pelo aumento da altura da metade inferior do esqueleto dentofacial;
Apresenta olheiras devido à diminuição da drenagem linfática;
Possui as asas do nariz hipodesenvolvidas;
Apresenta mau hálito;
À noite, seu sono é agitado, baba e ronca;
É sonolento, apresenta, muitas vezes, déficit de atenção, concentração e dificuldade de aprendizagem devido à falta de oxigenação no cérebro;
Apresenta rendimento físico diminuído;
É inapetente, porque o ato de se alimentar gera esforço e cansaço;
Prefere líquidos e pastosos, porque não requerem trabalho mastigatório;
Na criança, a respiração oral reduz o estímulo de crescimento do terço médio da face, levando à formação de palato em ogiva, hipodesenvolvimento lateral da arcada dentária superior, com conseqüente aumento ântero-posterior da mesma e protrusão dos dentes;
Apresenta postura corporal incorreta;
Podemos observar que os efeitos da respiração oral são bastante nocivos e podem deixar seqüelas na musculatura e nas funções de mastigação, deglutição e fala. A musculatura dos lábios, língua e bochechas torna-se hipotônica e por isso, essas estruturas funcionarão de maneira inadequada e menos eficiente nas funções de mastigação, deglutição e fala. O indivíduo que respira pela boca não consegue vedar os lábios devido ao tônus dos mesmos estar diminuído ou devido à oclusão dentária que não possibilita o vedamento labial. Às vezes, a mastigação pode apresentar-se unilateral, o que pode causar mordidas cruzadas; a deglutição será atípica, isto é, com projeção de língua entre as arcadas dentárias; a fala poderá estar alterada devido à hipotonia dos órgãos fonoarticulatórios e ao posicionamento incorreto de língua.
Nestes casos, o tratamento fonoaudiológico tem como objetivo, principalmente, a conscientização por parte da família da necessidade da adequação da respiração. Em um segundo momento, o trabalho muscular necessário será realizado através de exercícios que adequarão a tonicidade e postura dos órgãos fonoarticulatórios, além de adequar as funções de mastigação, deglutição e fala.
O respirador oral quase sempre apresenta algum tipo de alteração dentária a qual denomina-se má oclusão que pode ser biprotrusão de arcadas dentárias, mordida aberta, mordida cruzada, classe II, entre outras.
Então, o indivíduo necessitará, em determinado momento, do tratamento ortodôntico que, provavelmente, será realizado em conjunto com o fonoaudiológico.
É importante ressaltar que alguns pacientes pós-tratamento com otorrino e/ou alergista, que não apresentam mais impedimento orgânico para a respiração nasal, mas continuam sendo respiradores orais (respiração oral por hábito), também deverão realizar terapia fonoaudiológica a fim de aprenderem a utilizar o nariz para respirar.
Pode ser revertido o quadro da respiração oral possibilitando melhores condições de vida futura ao paciente através do tratamento multidisciplinar.